domingo, 7 de setembro de 2008

Qual é a razão de sua existência?




"A esta pergunta,não damos com palavras,como se assim pudessemos discursa-la,mas acima de tudo a respondemos com a vida".

(Paráfrase minha)


Alex Paiva

sábado, 6 de setembro de 2008

Um café em meio a caminhada-As implicações da graça sobre a vida.



Nesta tarde de sábado,encontrei-me com o meu amigo e irmão em Cristo,Leandro,para um coffe break que há muito haviamos planejado.Mas como tudo na vida tem o seu momento e toda a singularidade do dia chamado HOJE,enfim,nos encontramos para uma comunhão,apreciando um bom café.
Embora,o tumulto do local,podemos alí compartilhar aquilo que maior temos discernido em nossa caminhada no evangelho de Jesus.
dialogando acerca da graça,e do nosso caminho no chão da existência,abordamos o assunto com bastante profundidade,considerando as suas implicações para a vida cristã.
Particularmente creio na subversão do reino,como um movimento revolucionário que demanda de cada discípulo o radicalismo proposto pela mensagem da graça, aquilo que fielmente acredito ser a boa nova de Deus em Cristo,todavia,concordamos também que para a grande maioria tal chamado é quase que inviável,Sendo a graça loucura para o mundo e também escândalo para a religião.
Bem,por mais que o nosso encontro tenha sido muito breve,sei que tudo o que nós discutimos,não apenas ficará sobre a mesa daquela inusitada cafeteria do centro da cidade,mas,acima de tudo,caminharemos na vida,sob esta ótica,trazendo em si o fruto desta consciência adquirida e renovada.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Qual é a prova da ressurreição?


A ciência humana determina que uma grande alegação tem de apresentar uma grande comprovação.

Assim, por tal critério, qualquer que seja a manifestação “do extraordinário”, pelas categorias cientificas, precisa se fazer provada por meio de fotos, vídeos ou evidencia de material físico; do contrário, se dirá que o testemunho humano simples e comum, não oferece corpo de evidencia e de credibilidade necessários à determinação de um fato extraordinário.

Ora, a ressurreição de Jesus foi o fato extraordinário mais extraordinário de toda a história humana. No entanto, dela não há qualquer comprovação pelo critério cientifico de verificação do inusitado.

Jesus, no entanto, nunca esteve preocupado em provar nada. Não só não oferece corpo de evidencia material, como também ainda escolhe como testemunhas as pessoas mais improváveis de que recebessem crédito como avalistas de algo tão para além do possível.

Ora, para corroborar e dar credibilidade ao milagre da ressurreição, Jesus determinou que os discípulos se amassem e buscassem viver em unidade que fosse significada pelo testemunho do amor com o qual amassem uns aos outros ante a percepção do mundo.

Somente a prática do amor pode validar a ressurreição; posto que grandes alegações demandam grandes provas; e, por isto, o amor é o único testemunho que o milagre da ressurreição pode ter.

“Amem-se e o mundo crerá em mim”, disse Jesus.

Portanto, o que Jesus ensinou em João 17 quanto a tal aspecto da experiência dos discípulos no mundo, dando testemunho de Seu nome, é simples:

Se os discípulos se amam, a ressurreição aconteceu; porém, se os discípulos não se amam, é porque não houve ressurreição para eles; pois o mundo só crerá na ressurreição se vir o amor ser praticado entre os homens que confessam Jesus; visto que somente o milagre do amor, em um mundo de ódio e indiferença, é o que dá testemunho acerca da “alegação” da ressurreição como milagre.

Assim, a prática do amor entre os irmãos e entre os humanos que confessam o nome de Jesus, é a única apologia possível do milagre da ressurreição.


Caio

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Gondim confessa mágoas e reafirma sua fé no Evangelho


"Tenho magoa de quem me chamou de Herege"


Fim de culto na Betesda. A igreja ocupa um imenso galpão na zona sul de São Paulo. Ricardo Gondim chama um dos pastores para fazer a oração final e deixa a plataforma a passos rápidos enquanto a congregação está de olhos fechados. No entanto, em vez da saída à francesa, ele opta pela “versão Ceará”, postando-se à porta do templo para cumprimentar as pessoas. Tudo como manda o mais autêntico figurino presbiteriano. Posa para fotos, autografa livros e distribui sorrisos e abraços para aos que se comprimem à sua volta.Para desapontamento de inúmeros desafetos, o escritor e pastor parece revestido de uma espécie de couraça contra os rótulos que lhe são atirados com freqüência. “Arrogante”, “herege”, “polêmico” e “mundano” são apenas alguns, digamos, publicáveis. Após receber muitos protestos sobre as supostas heresias defendidas por seu articulista, a revista evangélica Ultimato se pronunciou no ano passado (edição 308) usando dois adjetivos sobre os textos de Gondim: “Apreciados” e “saudáveis”. Um rápido exame nas dezenas de textos de seu visitadíssimo site já é suficiente para identificar algumas preferências pouco (ou nada) ortodoxas para um líder pentecostal. De Vinicius de Moraes a Lenine, a lista para lá de eclética inclui nomes como Almodóvar, Rubem Alves e Simone Weil. Com o fôlego de quem correu onze maratonas e dezesseis vezes a São Silvestre, Gondim revela que a corrida funciona como espécie de exorcismo para ele e para os amigos que o acompanham. “Após vários quilômetros percorridos, costumamos dizer que suamos vários demônios”, graceja. Ao receber CRISTIANISMO HOJE, cercado de livros numa filial da Livraria Cultura – templo-mor das letras na capital paulista –, Ricardo Gondim olhou na janela para o prédio da TV Globo e perguntou se Kixapágua (entidade que atua por trás da Vênus Platinada, segundo o apóstolo da Igreja Renascer, Estevam Hernandes) não iria atrapalhar o papo. Das risadas iniciais à emoção ao tocar em dores ainda sensíveis, o pastor falou sobre muitas coisas, inclusive de suas mágoas.


CRISTIANISMO HOJE – Agora em maio, duas grandes catástrofes – o ciclone em Mianmar e o terremoto na China – assustaram o mundo e novamente levaram os crentes a pensar sobre as razões do sofrimento humano. Como o senhor, que na época do tsunami ocorrido na mesma Ásia em 2004 causou polêmica com um artigo sobre as tragédias, analisa a questão do sofrimento humano diante da existência de um Deus que se apresenta ao homem como pleno de amor?


RICARDO GONDIM – Discordo da explicação fundamentalista de que “todas as tragédias são provocadas pelo pecado original”. É um simplismo cruel e inútil. Como escrevi inúmeras vezes, não consigo acreditar numa divindade que tudo ordena e orquestra. Em Os irmãos Karamazov, de Dostoievski, Ivan diz num certo momento: “Há uma coisa no Universo que clama: o choro de uma criança”. O Deus da Bíblia não é sádico de provocar a morte de milhares de vidas. Exatamente pelo fato de Deus ser amor, ele possibilita a felicidade e a infelicidade. Nossas escolhas, decisões e articulações sociais interferem nos resultados. Ao mesmo tempo, a vida é trágica e feliz. Deus é sempre parceiro do homem nessa busca de tornar a vida mais intensa e prazerosa. Como afirma André Comte-Sponville, “somos os únicos seres do Universo que podem humanizar ou desumanizar”.


Na época do tsunami, teólogos se insurgiram contra alguns de seus textos, desfiando uma série de argumentos. Hoje, o senhor é mestrando em ciências da religião na Universidade Metodista. É importante estudar teologia?


Depende de como você entende a teologia. Deus não pode ser dissecado. Como disse Paul Tillich, “Deus está além de Deus”. Entendo teologia como o estudo e a maneira como organizamos nossa vida a partir da compreensão que temos de Deus, ou, lembrando Rudolf Otto, do nosso “encontro com o sagrado”.


Mesmo entre as pessoas que não professam nenhuma religião, a sucessão de fatos trágicos e de episódios de crueldade humana explícita, como o assassinato da menina Isabella Nardoni, sugerem que algo muito grave e de contornos ainda indefinidos esteja acontecendo. O atual recrudescimento da brutalidade humana aponta a proximidade dos eventos escatológicos bíblicos ou são apenas novas expressões de um quadro que sempre houve?


Todos esses fatos recentes são apenas expressões de algo que sempre aconteceu. Repare que, ao longo da história, foram comuns perseguições contra judeus, hereges, escravos... A própria Reforma Protestante foi um episódio violento. Em Casa grande & senzala, Gilberto Freyre discorre sobre o que algumas senhoras faziam por ciúme da beleza das escravas. Quebravam-lhe os dentes com chutes ou mandavam-lhes cortar os peitos. De certa maneira, creio que o que aumentou foi o nível de intolerância social à brutalidade – por isso a comoção e a revolta provocadas por esses episódios.


Quando foi a última vez que o senhor chorou?


Na semana passada, durante reportagem na TV sobre o terremoto da China. Depois de quatro dias, conseguiram resgatar uma criança com vida. Um pai tentou invadir a ambulância ao imaginar que era seu filho. Chorei ao ver o desespero daquele homem.


Quais são as principais diferenças entre o Ricardo Gondim de hoje e aquele que começou o ministério há três décadas?


Eu era um homem com um idealismo ingênuo. Não sabia diferenciar ilusão e encantamento. Ilusão é baseada em fantasias; já o encantamento nasce da observação da realidade. Continuo encantado com o Evangelho, com “E” maiúsculo.


Então, quem é Ricardo Gondim?


Um homem introspectivo e nostálgico. Gosto de ambientes intimistas e tenho profunda necessidade de estabelecer relacionamentos significativos, sem trocas ou quaisquer tipos de interesses.Nos últimos cinco anos, o senhor tem se notabilizado como um crítico do segmento evangélico.


Iniciativas como o blog Outro Deus e a maciça produção de textos nesta linha têm marcado seu ministério. Até que ponto isto se confronta ou complementa sua atuação pastoral?


Comecei a escrever pelo fascínio da própria literatura, cuja excelência intrínseca é maior que a da oralidade. Esse exercício adensa pensamentos e complementa idéias que surgiram nas mensagens. Todas as semanas posto textos inéditos e meu site recebe cerca de 1.400 visitantes por dia e mais de 1,5 mil e-mails por mês.


Em seus pronunciamentos recentes, o senhor revela a vontade de afastar-se de tudo e chega a sugerir que as pessoas não compareçam sequer aos eventos que promove. No entanto, o senhor continua participando e promovendo eventos destinados ao público evangélico e permanece na direção da Betesda – uma igreja com corte social de classe média urbana, presença na mídia e atuação institucionalizada, como tantas outras denominações cuja existência legitimam suas críticas. Não é um paradoxo?


É preciso definir os acampamentos. Há um movimento evangélico que mostra ter exaurido as forças. Alguns sinais dessa exaustão são a falência ética e as campanhas constantes para trazer pessoas à igreja. Para mim, agenda cheia demonstra fraqueza. Para fidelizar o público, há gente buscando atrações cada vez mais fantásticas. No caso da Betesda, é explícita a posição de não repetir modelos falidos e teologias engessadas da década de quarenta. O que faço hoje são eventos voltados para a própria igreja. Recentemente, decidi suspender o Congresso de Reflexão e Espiritualidade, voltado basicamente para pastores, que acontece há vários anos. E não compactuo com nenhum messianismo do tipo “impactar a nação por meio de eventos”.


Falar de gigantismo e inchaço da Igreja brasileira tornou-se atitude recorrente nos últimos 20 anos, período no qual a população evangélica do país quase triplicou. Quais são, na sua opinião, os efeitos de tal avanço?


Existem premissas equivocadas na tradição evangélica e na práxis desta Igreja?Alguns efeitos são perigosíssimos. A Igreja passou a ser vista como outra força, entrando na disputa de poder. O crescimento acentuado enfraqueceu o zelo pelo conteúdo da mensagem. Isso promoveu sentimentos de ufanismo e triunfalismo desmedidos. Mas não ocorreu avivamento. O que aconteceu foi uma confluência de fatores sociológicos que explicam o crescimento do rebanho. Não é necessário enfatizar princípios espirituais para explicar o aumento do número de evangélicos.


O movimento da Igreja emergente, que tem ganhado força nos EUA, começa a influenciar lideranças no Brasil. Qual é o seu posicionamento acerca dele?


Depois de muitos anos de crescimento do fundamentalismo, nomes como Brian McLaren, Rob Bell e o próprio Phillip Yancey representam um certo ar fresco na ambiência evangélica dos Estados Unidos. Ainda assim, vejo o movimento como algo norte-americano, sem diálogo com outras tradições cristãs ao redor do mundo.


A dinâmica dos grupos pequenos cresce no contexto do Evangelho urbano. Eles vão representar necessariamente a extinção das grandes igrejas?


O futuro mais lúcido da Igreja Evangélica está nos pequenos grupos. As instituições não vão acabar; porém, não serão solo fértil para as grandes inovações. Enquanto as grandes igrejas repetem clichês, pessoas reunidas em grupos menores vão experimentar o enriquecimento da alma.


Quais foram os motivos da recente divisão ocorrida na Igreja Betesda, cujo núcleo em Fortaleza, no Ceará, desligou-se da sede em São Paulo?


Não houve desligamento de São Paulo. O que aconteceu foi uma divisão dentro da Betesda de Fortaleza. Um grupo alegou que minhas propostas teológicas eram “incompatíveis”. No entanto, na realidade tratava-se apenas de disputa interna de poder. Na época, a igreja perdeu alguns líderes e cerca de 40% dos membros.


Igrejas pentecostais como a Assembléia de Deus, à qual o senhor foi ligado, foram durante muito tempo estigmatizadas devido ao perfil de sua membresia, prioritariamente formada por pessoas dos estratos sociais mais populares. De acordo com sua observação, essa visão ainda persiste?


Um dos fenômenos comprovados em relação aos pentecostais foi a ascensão social do segmento. Obviamente, isso trouxe benefícios e problemas. A produção teológica e literária é um fator positivo. Por outro lado, muitas pessoas passaram a se comportar como os demais estratos da população, supervalorizando o status e outros sinais de riqueza. Daí para a teologia da prosperidade pregada pelos neopentecostais a distância foi curta.“


Ao tentar transformar-se em ciência, a teologia só conseguiu produzir uma caricatura do discurso racional, porque essas verdades não se prestam à demonstração científica.” As palavras são de Karen Armstrong, autora do livro Em nome de Deus – O fundamentalismo no Judaísmo, no Cristianismo e no Islamismo. Qual a face mais aguda do fundamentalismo no Cristianismo de hoje?


O fundamentalismo confunde fé com aceitação de conceitos doutrinários. Seus defensores acreditam numa verdade que pode ser totalmente abraçada a partir de certas lógicas. Crêem chegar a uma verdade plena, fechando-se ao diálogo.


Quem são, hoje, as lideranças e pensadores que influenciam sua atuação ministerial?


Além da ala “emergente” (Bell, McLaren), tenho lido autores católicos latino-americanos, como Juan Luis Segundo. Gosto bastante também das obras do espanhol Andrés Torres Queiruga, além de teólogos judeus como Jonathan Sacks e Abraham Heschel.


Ideologicamente, como o senhor se define?


Sou um pensador independente, de esquerda. Não acredito no neoliberalismo capitalista. Ele produz os excluídos. O Evangelho defende os pobres e os marginalizados.


O senhor é um autor bastante apreciado pelos crentes brasileiros. Qual sua opinião sobre a literatura evangélica em nosso país?


A produção literária evangélica é deficiente. A razão é o freio dogmático que gera pessoas mais preocupadas com a defesa da fé do que em produzir literatura.


Quais os autores que mais o influenciam?


Entre vários escritores que fazem parte da minha vida, posso citar José Lins do Rego, Machado de Assis, Thomas Mann e Victor Hugo. O clássico Os miseráveis é uma das minhas obras favoritas.


Lançado em 1998, É proibido (Mundo Cristão) é um de seus livros mais vendidos. Dez anos depois dele, o que a Bíblia permite e a Igreja ainda proíbe?


A Igreja brasileira ainda não soube, por exemplo, lidar com a questão do álcool. Os conceitos lembrados remetem à Lei Seca dos Estados Unidos. Portugal já resolveu essa questão de forma equilibrada há muito tempo e ninguém fica escandalizado ao ver um cristão tomar vinho.


E a relação do povo evangélico com a arte, por exemplo?


É esquizofrênica e mal-resolvida. Dicotomizaram as manifestações artísticas em “sacra” e “profana” – mas não fazemos essa mesma distinção na hora de ler um texto. Em resultado disso, os cristãos sofrem empobrecimento generalizado na hora de saborear e desfrutar da vida. As expressões mais belas de uma geração estão em sua produção artística.


No ano passado, a Editora Ultimato publicou Eu creio, mas tenho dúvidas, obra que traz vários de seus artigos. Quais são suas principais dúvidas e inquietações?


Reflito com freqüência sobre a banalidade da vida. Basicamente, essas reflexões são ressonâncias do livro de Eclesiastes: nem sempre o justo prevalece, nem sempre o forte vence, nem sempre a vida faz sentido...


Em mensagem pregada recentemente, o senhor afirmou que às vezes lhe vêm à mente pessoas que o machucaram, e confessou ter mágoa de algumas delas. Como é esse sentimento?


Tenho mágoa de pessoas que lidaram comigo a partir de rótulos e preconceitos. Tenho mágoa de pessoas que foram intelectualmente desonestas comigo, tentando desconstruir meus textos sem sequer ler as referências. Tenho mágoa de pessoas que me chamaram de “herege” e “apóstata”, uma verdadeira perversidade de gente que não conhecia toda a extensão das questões em debate.


Fonte:Cristianismo hoje

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Quais são as alternativas da humanidade?


Se eu não tivesse a fé que tenho, e apenas olhasse o mundo como ele é e com as configurações de cenários que apresenta, qual seria a minha esperança?


Sim! Quais seriam minhas alternativas de esperança?


Não creio que os humanos irão privilegiar o cenário global ao cenário imediato e tópico. Assim, estaremos sempre discutindo o “modo de nossa morte”, e jamais nossa salvação no planeta.


Não creio que haja tempo para salvar a humanidade, mesmo que todos, agora, a uma, nos mobilizássemos para lidar com as questões conceituais e estruturais ligados à nossa auto-extinção.


Não creio que os dogmas religiosos, nacionalistas, étnicos e morais, jamais darão lugar ao Dogma do Amor que tem o poder de preservar a vida humana na Terra e com ela a própria Terra.


Não creio que o amor à humanidade será jamais maior do que a disposição de morrer pela amargura das calamidades provocadas pelo ódio no passado dos povos.
Não creio que haja qualquer força no coração da humanidade que seja hoje maior do que a vontade emulada pelas preocupações deste mundo e pelo poder que o dinheiro dá.


Não creio que a humanidade seja capaz de pensar no bem de todos, abrindo mão de privilégios momentâneos e caprichosos, e, assim, criar as circunstancias para a sobrevivência global.


Portanto, sem Jesus eu sou um ser de alma apocalíptica em minhas avaliações. Ou seja: somente a esperança em Jesus me dá um Apocalipse para além dos apocalipses da humanidade.


Sem Jesus, para mim, o mundo far-se-á mal até o fim. A alternativa é o desenvolvimento de aparatos de fuga para as estrelas. Entretanto, mesmo assim, iríamos fazer guerra em outros mundos, mas ainda assim guerras, pois, somos habitados pelo poder da guerra.


Com Jesus, vejo a humanidade se fazendo mal, sempre mal, mas não o fará até o fim-fim. O fim da humanidade, o fim do mundo, ou qualquer que seja a designação escolhida para tal catástrofe — não será fim-fim se o que Jesus disse é verdade. Pois se é verdade, haverá novo céu e nova terra, nos quais habita justiça. Porém, se Ele não é Ele, mas apenas um “ele” qualquer, então, a humanidade está perdida, e o que sobra é a orgia dos vampiros e o baile dos zumbis — até a última hora.


Quais são suas esperanças para a humanidade?


Eu só tenho uma!


Sem ela eu morreria antes da morte chegar!


Nele, que é minha vida e esperança,

Caio

sábado, 19 de julho de 2008

“Mereça! Faça por merecer esse sacrifício!”


Depoimento de Valmir Bodruc - Estação Santos

Esse Domingo,no Caminho em Santos foi diferente.

O Marcelo havia anunciado na semana anterior que teríamos exibição de trechos de filmes na reunião.

O que vai sair disso? Isso vai dar certo? Como as pessoas vão entender, posto que será uma programação bem diferente da “costumeira?” – pensava eu.

Lá estávamos nós. O Marcelo, então, avisou: “não vou pregar, mas somente explicar o contexto do primeiro filme que é...“ E daí começou a falar da história de “O Resgate do Soldado Ryan” e talvez nem se deu conta que, após discorrer sobre o contexto do filme, passou a falar da Graça de Deus de modo muito simples, figurado e consistente.

Explicou sobre a tendência de pensarmos que a Graça simplesmente se limitou até o dia da nossa conversão e dali para frente “é comigo mesmo...”, e, iniciamos então uma nova vida, de tentativas de santidade por conta própria, e dessa maldita justiça própria, que serve somente para achatar a vida da pessoa que tenta dela se valer.

Ficou bem claro que na Graça, fomos totalmente libertos, perdoados e resgatados, quer seja do passado, presente ou futuro.

O Resgate do Soldado Ryan

No filme, o Soldado Ryan, ao ser salvo pelos companheiros de batalha, para ser devolvido para a vida cotidiana normal fora do ambiente da guerra, recebeu como “instrução-conselho-mandamento” de vida que deveria “MERECER E FAZER POR MERECER” o sacrifício da vida de outros soldados para enviá-lo para casa com vida. “Mereça, mereça, faça por merecer!” - dizia o capitão (Tom Hanks) ao soldado Ryan (Matt Damon) pouco antes de morrer. E Ryan tentou viver para cumprir isso.

Deve, no entanto, ter vivido uma vida desgraçada, em se considerando a insegurança dele ao final na sua velhice, quando em visita ao túmulo do capitão. “Diga que fui um homem bom! Diga!” – implorou para a esposa. Foi salvo, mas a culpa morou com ele a vida toda. Foi resgatado, mas a culpa foi o pano de fundo de toda sua vida de “salvo”, porque, no fundo, ele sabia que não conseguia atingir tal objetivo de MERECER E FAZER POR MERECER, pois sendo humano, falhava em ser bom, como é natural.


A paixão de Cristo


O filme foi projetado a partir da cena da cruz, onde Jesus Cristo crucificado diz: “ESTÁ CONSUMADO”, e assim dizendo significava que havia cumprido tudo, por todos nós que não merecemos, e por isso todos estamos justificados por Ele do passado, presente e futuro, afinal, está pago! Voltamos à cena da cruz uma segunda vez, agora o filme segue sem áudio, e o Marcelo dublando Jesus na cruz, e substituiu o “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” por outra fala que fica assim: “Mereçam, mereçam, façam por merecer”. Ficou uma desgraça! Não a produção do Marcelo (rs), mas sim a história da humanidade na versão da Justiça Própria.

Que triste! A Justiça Própria é tão presunçosa que, tal como ilustrado, é como se ela colocasse na boca de Jesus essa expressão que exige a paga pelo sacrifício que Ele fez.

Creio que o Marcelo conseguiu deixar bem claro que: somos chamados a crer no que foi consumado, pelo fato de que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, tirando de cima de todo ser humano os seus pecados, e que amar a Deus em gratidão é que nos leva a não gostar de pecar, mesmo que continuemos sendo pecado, mas, estamos livres desse tal pecado que nos escravizava.


O nosso resgate pela paixão de Cristo


Não merecemos, nem conseguiremos fazer por merecer, por isso mesmo Ele se deu por nós, morrendo nossa morte para vivermos sua vida.

Como o Marcelo disse: "Arrepender-se é entender e confessar que não mereço a Graça! Dou razão a Deus! - E crer na Graça é dizer: Muito obrigado pelo teu perdão, estou justificado!

Na mesma Graça, pela qual fui resgatado, sem merecer, para nela prosseguir em amor e gratidão.





quinta-feira, 17 de julho de 2008

O que é conversão para você hoje?


CONVERSÃO é não ter mais absolutamente nenhum outro ponto de vista que não venha do Evangelho.

CONVERSÃO é não ter nenhum outro ponto de partida que não parta do Evangelho.

CONVERSÃO é não ter nenhum outro ponto de chão para caminhar que não seja o chão do Evangelho.

CONVERSÃO é não almejar nenhum outro ponto de chegada que não seja no Evangelho.

CONVERSÃO é estar impregnado do Evangelho dando razão a Deus todo dia, num processo que pode ter começado um dia, mas não terminará jamais, porque só terminará no dia em que transformados de glória em glória nós nos tornarmos conforme a semelhança de Jesus.

CONVERSÃO é renovar a mente todo dia.

CONVERSÃO é ler este século e não nos conformarmos com ele.

CONVERSÃO é ver mundo no mundo, e ver mundo no que se chama Igreja.

CONVERSÃO é chamar de mundo não o ambiente fora das paredes eclesiásticas, e chamar de Igreja o ambiente dentro das paredes eclesiásticas.

CONVERSÃO é saber que mundo é um espírito, um pensamento, uma atitude que pode estar em qualquer lugar, e está freqüentemente nos concílios de um modo muito mais sofisticado do que está nos congressos políticos explicitamente definidores de políticas pro mundo.

CONVERSÃO é manter a mente num estado de arrependimento constante, de metanóia, de mudança de mente, que por vezes acontece com dor outras vezes só pela consciência que vai abraçando o entendimento e vai dando razão a Deus, e vai dando razão a Deus, e vai dando razão a Deus, e vai dizendo: Deus tem razão, a Palavra tem razão - e se ela tem razão eu quero conformar a minha vida conforme a verdade do Evangelho.

Caio Fábio
(editado da entrevista concedida em Fevereiro de 2007 em São Paulo)